Buika

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| Por Prensada | sexta-feira, 31 de outubro de 2008 | 23:06.

Como sou uma mulher de pouca fé, procurei numa fármacia popular um remedinho prá dor. Entrei no site da tal loja, e dei de cara com aquele homem que aparece em todos os cartazes, propagandas e banners que me direcionou para a página inicial , onde encontrei o que eu necessito: um milagre propriamente dito.

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| Por Prensada | | 17:34.






* Fotos Anthony Kurtz

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| Por Prensada | | 14:51.


Um blog murcho, dolorido e confuso.



* Frida Kahlo paiting, Henry Ford

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| Por Prensada | quarta-feira, 29 de outubro de 2008 | 20:59.




Hoje,num determinado momento do dia,
- não foram mais que alguns segundos -
meu pensamento voou até você,
senti uma saudade imensa
e um carinho indescritível.

Saudades,Bob.

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| Por Prensada | domingo, 26 de outubro de 2008 | 22:49.




"E tanto andou o patinho
Que perdeu o seu caminho
Vai seguindo, estrada afora,
Até o romper da aurora.
Chega à cidade. Há um regato.
Que alegria para um pato"

Mario Quintana


* O artista holandês Florentijn Hofman : Canard de Bain


Ele está com o pato gigante no Sesc Interlagos.


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| Por Prensada | | 21:15.


sorria meu bem...





* Marcia X , Os Kamasutrinhas 1 , 1995 -
Coleção Gilberto Chateaubriand.

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| Por Prensada | | 10:45.





*She and Him,Change is Hard

Zooey Deschanel é absolutamente uau,
tem uma bela voz.

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| Por Prensada | sábado, 25 de outubro de 2008 | 13:32.


(...) Mas havia outros dias em que saíam a passeio nas montanhas sozinhas, pegando qualquer estrada à vista. Uma vez toparam com uma cidadezinha que gostaram e passaram a noite ali, sem pijamas ou escovas de dente, sem passado nem futuro, e a noite tornou-se mais uma daquelas ilhas no tempo, suspensa em algum canto do coração ou da memória, preservada e absoluta. Ou talvez não fosse nada a não ser felicidade, pensou Therese, uma felicidade total que deve ser bastante rara, tão rara que poucas pessoas já a conheceram. Mas se fosse apenas, felicidade, então tinha extrapolado seus limites e se tornado outra coisa, uma espécie de pressão excessiva, de modo que o peso de uma xícara de café na sua mão, a velocidade de um gato a atravessar o jardim embaixo, a colisão silenciosa de duas nuvens parecia quase intolerável. E tal como ela não compreendera há um mês o fenômeno da felicidade súbita, não compreendia seu atual estado, que parecia uma sequela.Frequentemente, era mais doloroso que agradável, por isso ela temia sofrer de alguma deficiência grave e singular. (...)


*Carol, Patricia Highsmith



* Eric Fischl painting , The travel of Roma

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| Por Prensada | sexta-feira, 24 de outubro de 2008 | 23:12.





Bajofondo, do novo cd Mar Dulce Pa'Bailar, com solos de Julieta Venegas.
Esse tango super bem tocado,entrou na novela da Globo.
Bajofondo é legal prá umas viagens.


* o filme é super tosco,a imagem é péssima;
mas foi o único que encontrei com a Julieta Venegas no solo.

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| Por Prensada | | 17:47.


Um blog que toma chá com limão e acha que Dostoieviski era exibido. Gostava de falar dele de forma exaltada e era inteligentíssimo. Ele falava isso bem alto.
Dostoeiviski era ruivo e ossudo.Tinha um cabelos ralos e mãos enormes.Falava diversas línguas.
Há dias estou olhando para uma pintura do russo que está na cabeceira da minha cama - e toda vez que observo a foto, mas ele ganha contornos humanos e profundos.Que fico tentando advinhar como ele se comportava em sociedade e na intimidade.Então, viajo e percebo que ele era um homem que sofreu na pele todas grandes provas: banido,preso,doente,excentrico e voz de um povo.
É como se Dostoieviski morasse comigo agora.Talvez, alguns dos meus hábitos tenham mudado com essa convivência.Vou começar a tomar nota de algumas alterações na minha rotina.Aquelas coisas esquisitas,como ir tomar vodca pura na padaria da esquina ou uma súbita vontade de uma sopa de beterrabas com muitos condimentos e temperos.

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| Por Prensada | | 17:27.



Um blog que está naqueles dias. Com uma dor pentelhinha. Dor no corpo é imolação.
Parece que seguiremos para o abate em poucas horas.
Tendão do pé direito destruído, e doendo muito sem dar uma folga. Um calor do caraleo.
Acabei de perdir a deuspaitodopoderoso que me mande prá algum lugar da Grécia.
Caso não role, podia ser um mar aqui pertinho, bonito & tesudo , bom prá nadar . E também caranguejar na areia quente - adoro areia fervendo - e ficar nas ondas até os dedos começarem a enrugar.
Sabe, os dedos ficam feinhos, e você satisfeita porque gozou no mar.



O Santo das Sêxtas-Feiras com sol tá empolgado.
Já abandonou o ranzinza do fuso horário,
e caiu de boca nesse Horário de Verão.
Coca-zero e esperança.

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| Por Prensada | | 16:59.


"...nenhum homem temente a Deus andará de novo por lá
por causa do fedor dos ovos podres da América
e os índios de Chiapas continuam a mastigar suas tortillas
sem vitaminas
aborígenes da Austrália talvez resmunguém na selva
sem ovos
e raramente eu tenho um ovo para o café da manhã
embora meu trabalho precise de infinitos ovos para
renascer na Eternidade
ovos deviam ser comidos ou então devolvidos a suas mães
e o desespero das incontáveis galinhas da América se expressa
pela gritaria dos seus comediantes no rádio...

Sim Hollywood receberá o que mereceTempo
Infiltração de gás paralisante pelo rádio
Dinheiro, dinheiro,dinheiro, dinheiro , celestial da ilusão
berrando loucamente.
Dinheiro contra a Eternidade !"

(1957 )


* Allen Ginsberg , Uivo e outros poemas - Morte à Orelha de Van Gogh !


* Foto Caroline de Bendern: os revolucionários adoram símbolos , posters, bottons e uma série de quinquilharias. A revolução é uma mitologia , e a mitologia consiste em adequar uma realidade a uma idéia. Essa foto transformou-se no retrato das barricadas de Paris em 1968.
Maio quente com "Marianne"- como ela era chamada - carregando uma bandeira vietnamita.

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| Por Prensada | | 13:44.




* Cildo Meirelles , Zero Dollar , 1978

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| Por Prensada | | 12:58.


a barra pesou demais , né ?
quer mudar tudo mas não consegue sair do seu passo ?
quer chorar ou esmurrar alguém ?
ou só quer rir sem parar ?
não fique triste, a ferida ainda não fechou.
demora para recompor as células.
nossas feridas são seculares
poderiam ser exibidas em feiras e altares.
são bem doloridas,
aqueles arranhões e tormentos
que brotam da pele.
Escondidos que estão de repente, saltam
na cara de todos.
Aquelas brutos cortes,
talhos largos , profundos como canyons.
Sangue exposto, braveza. Ferida feia que dói.

Será que gostamos de lamber esses arranhões,
como gatos ?


Desejo paz na noite e no dia;
dança indiana, respiração profunda,
riso largo e uma onda de amor -
porque tudo está insuportável.



* Eric Fischl painting, Dancer

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| Por Prensada | quarta-feira, 22 de outubro de 2008 | 22:42.



Sampavelox: estamos aí !
recebendo montes de eventos e coisas bacanas.
Espalhados e brilhando , procure , tem coisa fina.
Reproduzo a opinião do Jotabê no Estadão,
que também saúda essa diversidade inteligente com um texto ferino.

a natureza de são paulo é boa.
quer saber por que são paulo nunca fica complexada com sua feiúra, com seus prefeitos vilanescos, com seus rios fétidos, com sua burguesia brega?
por que são paulo não se deixa abater pela voracidade especulativa de seus ricos, a tendência sadomalufista?
é porque a natureza de são paulo é superior a tudo isso.

falo da cidade que pensa, que inventa, que critica e que cria.
falo de sua natureza autopurificadora.
falo da cidade que é artesanal no meio da cidade industrial.
contra a vocação vilaolímpia, os baixos da rua augusta.
contra a arquitetura monstruosa, osgemeos pintando nas paredes do cambuci.
são paulo é são paulo quando afirma sua vocação antipadronizadora.
é legítima quando os meninos de 20 anos fazem dos bares da parte baixa da rua augusta um oásis de originalidade e pureza.

contra os fazedores de bulevares, todo poder aos bares moscas-fritas.
essa cidade está acima de toda caretice, afirmando a todo momento a superioridade antiprovinciana.

digo tudo isso a propósito de duas coisas que presenciei no final de semana:

COISA 1. a apresentação da peça aos ossos que tanto doem no inverno, de sergio mello, com mário bortolotto e nelson peres.
no espaço satyros 1, no coração da praça roosevelt.
o teatro de sangue que se insurge contra o teatrão sem alma.
o teatro que se faz apenas porque é preciso ser feito.
e, além de tudo, o ator que depois da peça sai encurvado pela calçada com seu coturno sem cadarços, procurando algum alívio na mesa de latão (não é um texto do qual se sai impune).

COISA 2. um tributo a miles davis que assisti no bar mais bacana de são paulo, nos fundos de uma garagem. melhor que os bares do village.
nas imediações da benedito calixto.
os músicos que tocam para quem está de fato a fim de ouvi-los.
os músicos que tocam sem saber se haverá paga, ou quando haverá paga.
a platéia que ouve porque ama o que ouve, e que não está ali apenas para ser vista.
(não dou o endereço porque, se as revistas semanais descobrirem, o lugar está acabado, mas se os amigos perguntarem eu conto).




* eu tenho o endereço do bar de jazz...yeah,
mas não conto, só prá quem curte jazz de verdade.



* Cristian Turdera, ilustração

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| Por Prensada | | 11:54.


Liniers http://www.porliniers.com/ , muito lindo o site dele !

Ricardo Siri ( Liniers ) estará hoje autografando seu Macanudo em Português,
na HQ Mix , Praça Roosevelt , 142 das 14 às 17 hs.
Depois estará na FNAC - Pinheiros , 19 hs.

http://macanudoliniers.blogspot.com/


Divirtam-se.

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| Por Prensada | | 11:21.


Que bosta que é isso !
ainda não acertei a minha hora.

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| Por Prensada | terça-feira, 21 de outubro de 2008 | 21:49.



"Cadernos secretos rabiscados e páginas selvagens batidas a máquina para meu próprio prazer".




..."Desta vez compraremos a cidade !
Descontei um grande cheque na caixa do meu crânio
para abrir uma miraculosa universidade do corpo
no teto da estação rodoviária.
Porém primeiro percorreremos os pontos do centro da cidade
bilhares barracos botequins de jazz cadeia
prostíbulos da rua Folson
até os mais escuros becos de Larimer.
prestando homenagem ao pai de Denver
perdidos nos trilhos da ferrovia,
estupor de vinho e silêncio
reverenciando os cortiços das suas décadas.
nós o saudaremos e a sua santificada maleta
de escuro moscatel , beberemos e
quebraremos as doces garrafas
em Diesels demonstrando nossa fidelidade.

E depois seguiremos guiando bêbados pelas avenidas
por onde marcharam exércitos e por onde
ainda desfilam
cambaleando sob o invisível
pendão da Realidade.

trombando pelas ruas
no automóvel do nosso destino
dividiremos um cigarro de arcanjo
e adivinharemos o futuro um do outro. " ( .... )




* Allen Ginsberg , Uivo e outros poemas: um trecho de Sanduíches de Realidade

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| Por Prensada | segunda-feira, 20 de outubro de 2008 | 21:17.





uma aula de tipografia,edição e boas palavras.

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| Por Prensada | | 19:54.


Uau !!
Encantada e emocionada.
Fiquei pertinho dele agora há pouco na entrada do Cine Bombril, no Conjunto Nacional.
Tudo por conta da Mostra Internacional de Cinema.


Putz, que legal !!!!!!

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| Por Prensada | | 18:17.


Aqueles namorinhos inocentes no portão não existem mais. Agora a coisa é acelerada, punk e bem fedida. Deu prá sentir o cheiro ruim que exalou da janela do banheiro, quando o Romeu desconjuntado atirou várias vezes, impedindo qualquer reação para salvá-la.
E a Cinderela da periferia foi torturada e espancada.
O que estarrece nesse enredo é que o Romeu é um arrematado idiota.
Um idiota pop, caiu nas imagens e nas entrevistas da tv.



E como li num blog português,
se o conto de fadas fosse nos dias hoje,
a Cinderela estaria bem fodida.


A Cinderela da vez, bem fodida,
morreu.




* obs: dá um puta roteiro na mão do Walter Unibanco Salles.

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| Por Prensada | domingo, 19 de outubro de 2008 | 12:14.

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| Por Prensada | sábado, 18 de outubro de 2008 | 12:09.



..." Grande é a bondade;
Não sei o que é bondade mais do que é saúde,
mas sei que ela é grande.

Grande é a maldade;
sempre me pego admirando-a tanto quanto a bondade:
chama isso de paradoxo ?
Com certeza é um paradoxo.


O eterno equilíbrio das coisas é grande, e a eterna subversão das coisas é grande.
E este é outro paradoxo.
Grande é a vida , é real e mística, seja aonde for e o que for.
Grande é a morte , certa como a vida junta todas as partes,
a morte junta as partes;
certa como as estrelas retornam depois de fundirem-se na luz,
a morte é tão grande quanto a vida."


* Walt Whitman, Folhas de Relva -

A Primeira Edição 1855 - Editora Iluminuras - versão bilingue.

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| Por Prensada | | 11:50.


seria bom, né ? viajar até lá.

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| Por Prensada | sexta-feira, 17 de outubro de 2008 | 21:32.




Vai na Daslu fazer umas comprinhas ? Então , aproveite para ver a exposição ultra-chic de fotos de Marilyn Monroe ( 1926-1962 ). Ela aparece em doze fotos no tamanho de 1,20 por 1,50 , clicada nos bastidores da filmagem de Something's Got to Give , que ficou inacabado. Marilyn morreu esse ano. O autor da proeza: Lawrence Schiller. Ele a fotografou para uma edição da revista Paris-Match.
A atriz morreu no ano das suas últimas fotos.
Very sad.


*Se ficou interessado, toma uma caipirinha de limão,
fuma um baseado e vai arrepiar na Daslu ( dã ! ) -
só prá ver a Marilyn.




Daslu - Avenida Chedid Jafet, 131

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| Por Prensada | quinta-feira, 16 de outubro de 2008 | 15:57.
| Por Prensada | | 15:35.


Então estamos aqui em Sampavelox e registro umas das coisas mais bacanas que São Paulo tem : cinema de qualidade.

Fui até o Conjunto Nacional , na Paulista , dar uma espiada na programação da Mostra de Cinema que começa amanhã ( dia 17 ). Depois de ler tudo, fiquei stressada...
Não vou conseguir assistir 454 filmes ! risos. Mas é bom que eles estejam lá. Sinto-me tranquila e feliz...kkkk.

Surtei só de pensar.

A 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ficou profissa. Vou acompanhar a efeméride pelos blogs de cinema e jornalões. Prá começar, o filme de abertura da Mostra será Terra Vermelha ( Birdwatchers ) , uma produção ítalo-brasileira, dirigida por Marco Bechis.
E tem Wim Wenders , o que já um presentão, porque certamente ele vai "falar". É sempre bom ouví-lo e assistir uma restrospectiva de quinze filmes.
Na programação ainda tem uma restrospectiva de Ingmar Bergman e uma exposição fotográfica que pode ser muito legal - "Meus Encontros com Bergman " - do fotógrafo Ove Wallin , que durante 30 anos esteve nos bastidores das filmagens de Bergman.

E para mim o the best: uma Versão Revisitada -Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola. Meu filme favorito ever.
O próprio diretor restaurou a obra para projetá-la no esplendor da grande tela.
( Se você assiste em DVD percebe que as cópias são muitos escuras ).
Deve ser deslumbrante assistir a trilogia em um cinema !

Fora isso , já é um bom programa fazer a leitura do programa e a sinopse dos filmes, diretores e países participantes, cerca de 75.



* Godfather, Marlon Brando and Al Pacino

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| Por Prensada | | 14:12.




Vamos ver como você se vira
sem lua, sem cais iluminando,
sem o barulho do mar,
sem o cheiro de maresia.
Não verá a trilha que corta a mata
e chega na praia.

Já é noite
o tempo passou
e ficamos por aqui para enfrentar o pior.
Agora vem o silêncio e
a madrugada.
Não há barulho de sapos e grilos,
mas tem o ruído dos motores que passam ao longe.


Os vigias fecham o casaco na rua
e procuram um lugar para abrigarem-se.
Vem chuva grossa, talvez , tempestade.

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| Por Prensada | quarta-feira, 15 de outubro de 2008 | 21:54.


Meu primeiro amor foi uma professora , no primário. Não lembro em que série. Eu tremia quando a via. Não entendia muito bem dessas coisas , mas ela era estonteante. Linda, esguia , cabelos channel cor de bronze, arrumadíssima. Era muito diferente das freiras com cara de biscoito de polvilho ( doce ).
Vestia-se com aquele estilo mestra de colégio católico feminino.
Pintava os olhos com delineador,
e esse era o disparador do encantamento.

Eu tomava meu lanche, numa sombra , no grande pátio. Suco de uva, um sanduiche de pão Pullman com queijo e presunto e uma maçã. Comia devagar e lembrava da aula da professora M.H. E estremecia novamente. Eu era criança de tudo. Depois do lanche , seguia para a aula de coral. Eu cantava no coral das freiras, Jesus Alegria do Homens, de Haendel.

Aleluia !



* a garota da Playboy é a cara dela...rs*

* Lisa Baker, Playboy , foto anos 60



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| Por Prensada | | 17:34.





Qual métrica, qual abandono, qual desejo inoportuno e desajeitado: sou só fantasia.
Estilo , fluência , não aprendi. É tudo viagem mesmo.
E tento compor um cenário para ficar muito perto de você.
Vou pela trilha da estradinha que desaba no mar e nas pedras.
E escrevo enquanto ando. E , é muito fácil assim, chegar perto da
tua pele.
Componho duas folhas escritas com letra normal :
falo do estalo das ondas nas pedras, do farfalhar do vento nas copas altas,
do rumor oceânico que entontece e nos põe em outra dimensão.
E também escrevo garranchos, desanimada porque
por vezes sua imagem se desvanece.

Palavras que vem feito uma revoada de gaivotas e cardumes nadam
por perto.
Espumas levam toda a fantasia, sinto teu cheiro.
Não quero sofrer mais, só caminho e fico
cada vez mais perto da tua figura.

Conchas soltas ,
Carangueijinhos transparentes.
Cesta de vime e peixes,
Ostras frescas no gelo.
Cerveja na quitanda.

*************************************************************************************

Escurece lento e com a respiração calma
acredito que tudo vai bem;
porque a lua no céu tá grávida.
Enorme.










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| Por Prensada | | 13:18.



Pois se só pudéssemos nos virar, arranjar nossas vidas, nossas almas onde houvesse um pequeno cais , embarcadouro e mar. Junto das montanhas , onde a Lua fica mais próxima ?
Um mundo onde o oceano e a mata se amam.
E se virássemos as costas para tudo e o sentido da vida fosse apenas o barulho da arrebentação. Na nossa casa , sem número e sem fechaduras , como dizia o poeta.
Viveríamos muito próximo do paraíso terrestre.
E lá eu segui o chamado: fui pela trilha da serra, com a mata Atlântica ainda exuberante.
Escalo cada pedra, colho uma flor pequena e vermelha , sou silêncio e maresia.
Misturo o sabor dos peixes com as frutinhas do caminho: pitangas ! .
Os pescadores já estão de volta e os peixes ainda brilham presos na rede: pescaram um cação imenso.

No fim do dia , a cachoeira reina e o céu transporta nuvens. Um bando de borboletas passam por mim. Pensei assim : as borboletas vestem roupas diferentes cada dia.Com esse bichos não existe tédio.

"Cuándo lee la mariposa lo que vuela escrito en sus alas ?"

Quando chega à noite, a poltrona confortável, o colo , o descanso.
Barulho de coruja e grilo. Sua pele quente armazena todo o sol do dia.

O céu todo vestido de estrêlas. Avisto um planêta: Vênus.


"Y qué palpitaba en la noche ?
eran planetas o herraduras ?"



* trechos de poemas de Pablo Neruda,
Livro das Perguntas.


* wasabifish photo

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| Por Prensada | | 09:45.


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| Por Prensada | terça-feira, 14 de outubro de 2008 | 18:40.


Desliguei o rádio porque não aguentava mais o noticiário: economia global. E cheguei a uma conclusão quando tudo ficou em silêncio por aqui. A alma humana só se interessa por dinheiro.
Socorro. Será que só nos restou isso ?



Por outro lado, Freud que entendia um pouco de alma , trocava correspondência com sua filha Anna. Mas estava muito frustrado. Ele e a filha tinham uma relação interessante, onde trocaram durante a vida quase 300 mensagens , incluindo - bilhetes, postais , telegramas, cartas. Anna fez análise com o pai - primeiro, de 1918 a 1922 , e , depois, esparsamente, de 1924 a 1925. Freud preocupava-se com a solidão de Anna. Que sempre viveu na casa paterna. Freud também preocupava-se com a sua libido. Queria que Anna se junta-se ao seu amigo e futuro biógrafo, Ernest Jones. Numa carta de Freud à Lou Andreas-Salomé escreveu:
"Minha Anna é tão insensata e se agarra ao velho pai. Minha filha me preocupa. Como suportará viver solitária ? Será que conseguirei fazer sua libido sair do nicho em que se escondeu ?", alarmava-se Freud. "Temo que sua genitalidade suprimida possa algum dia lhe pregar uma peça ruim. Não consigo fazê-la despreender-se de mim , e ninguém me ajuda".


* Isso é melhor do que ouvir entrevistas com o Mantega ( dã ! ) ou Meirelles ( blagh ! ).



* Correspondência 1904-1938 , de Sigmund e Anna Freud , volume organizado por Ingeborg Meyer-Palmedo , L&PM Editores, 512 páginas, R$ 83 .


* Foto, Sigmund e Anna Freud

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| Por Prensada | | 10:08.


Well...
Parece que a Marta tirou o Kassab do armário.
Jogou no ventilador. Golpe baixo, aquele certeiro no baço.
Mas a luta política é assim mesmo.

E daí que o cara é gay ?
Seria ótimo se ele saísse do armário e falasse sobre sua vida pessoal.
Mas isso é coisa muito pessoal e só quem é gay sabe o grande sofrimento que é esse passo.

Ninguém é obrigado a se declarar gay se não quiser.




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| Por Prensada | segunda-feira, 13 de outubro de 2008 | 22:48.
| Por Prensada | domingo, 12 de outubro de 2008 | 11:52.


We really do




Um blog muito instável e volátil como as bolsas de valores.
O cabeçalho retornou com força total !

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| Por Prensada | sábado, 11 de outubro de 2008 | 10:12.


Pô,o assunto é economia. Aboliram qualquer conversa sobre outro tema.
Reparou que o caderno mais grossão dos jornais é sobre economia ?
A política foi abolida.Tem política,sim,mas é aquela ralé; com aquele bando de sujeitos aberrantes que brigam por um teco de poder. Política de quitanda.
Antigamente, resolviam no trabuco , hoje , usam a mídia para detonar o adversário.

A economia ocupa todos os noticiários. A política foi abolida mesmo.
Suspiro.

Tenho outros assuntos na pauta.
Não esquecer , por exemplo, de ouvir o cd do Moby, aquele que tem arranjos de orquestra e aqueles antigos do Neil Young.Sentir o cheiro do perfume recém-tirado da embalagem .Adoro cheirar perfume.E adoro um creme hidratante, daqueles com cheiro de não-sei-o-que-da-amazônia ( bem baratinhos ! ).
Sabe o que eu faço ? Na hora do banho esparramo o creme no corpo como de fosse sabonete.
É um delírio. Gosto prá caraleo.

Comprar algumas caixas e pastas para guardar papéis , cartões , programas de teatro e ingressos de cinema.
Acho que isso é um tipo de doença mental : querer arquivar tudo.

Não esquecer de adiantar aquele livro do húngaro que me provoca agonia e perplexidade.
E depois disso, abandonar qualquer tentativa de escrever.

Não esquecer Emily Dickinson e Milton Hatoum ( eu nunca li nada ).
E ainda tem outros autores que passam por meu olhar angustiado.
Ficam distribuídos em vários lugares e topo com eles em cada canto.

E ainda vou : na Pinacoteca do Estado e no Museu da Língua Portuguesa.
Beatriz Milhazes e Machado de Assis.


Não esquecer do vinho , copo e cinzeiro.




* o livro do húngaro é De Verdade, Cia da Letras, Sándor Márai.

* Jim Newberry , photo - ( Kevin Jr. , Chicago , 2006 )

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| Por Prensada | sexta-feira, 10 de outubro de 2008 | 12:29.


Libro de las Perguntas


Quién era aquella que te amó
en el sueno, cuando dormías ?

Dónde van las cosas del sueño ?
Se van al sueño de los otros ?

Y el padre que vive en los sueños
vuelve a morir cuando despiertas ?

Florecen las plantas del sueño
y maduran sus graves frutos ?


* P. Neruda




* Rámon Sans , smooth , photo

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| Por Prensada | quinta-feira, 9 de outubro de 2008 | 20:10.


Hora do Angelus. Meio-dia.
Badaladas na igreja da Consolação e o Jim quer se comunicar.
Calma, poeta. Seu quadro despencou na sala duas vezes.
Lembrei do lance do Xangô e comecei a rir.
Se tiver que vir , que venha como Rei Lagarto.



Quando vivia em Paris morava na rue Beautreillis, na região do Marais. Ele caminhava pela Ile Saint Louis para dar uma chegada no Hôtel Lauzun, uma sombria casa de cômodos estilo clássico onde Charles Baudelaire vivera com um jovem dândi. Hoje , é um museu que pertence à administração de Paris. Ele também ia a Montparnasse e ficava no hotel onde Oscar Wilde viveu , na rue de Beaux-Arts: Hôtel d' Alsace.
Acho que ele ia respirar profundamente nesses ambientes.
Desejava aproximar-se de Baudelaire e Wilde. Respirar profundamente.

Ele ia beber no bar Alexandre , que ficava na av. George V , 53. Ficava conversando sobre cinema, filmes e literatura francesa. Não falava sobre os Doors. Bebia muito, muito mesmo.


Salve Xamã.
Let's rock.

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| Por Prensada | | 12:02.


tô muito entristecida que idéia agora deve ser escrito sem o acento agudo.
perdeu o sentido: ideia.
e também não tem hífen em algumas que eram separadas
pelo traço.

o que diriam Homero, Virgílio e outros bacanas disso ?
a morte de Agamenon , as fúrias de Orestes !!
E tem Electra, mas essa é uma capítulo à parte.
E tem Roma e a loba.
Não sei o que é mais acentuado ou não.
acho que vou ter que retornar as aulas de Português,
flor de Portugal , finisterra.



* detalhe da Torre de Belém, Lisboa

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| Por Prensada | quarta-feira, 8 de outubro de 2008 | 12:03.



A atriz Liv Ullman está em São Paulo para uma série de eventos: workshops na Cinemateca Brasileira e FAAP ; festa gastronômica em homenagem à Noruega e Suécia ; tarde de autógrafos de seu livro , Mutações e uma potente retrospectiva de seu trabalho cinematográfico com Ingmar Bergman, da qual foi a grande musa.
Bárbara !
Grande atriz e personalidade única.

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| Por Prensada | | 08:49.


Toma uma cachaça e uma cerva na padaria do português, aquela estilo perdida demais, quase na esquina da Consolação com a rua Maria Antônia. Espera até os caras, seu chapas da faculdade chegarem , e daí esticamos até o outro botecão da rua Cesário Mota. Em cima do outro bar, estilo mais do que perdida , moram uns dez travecos cheios de babados e bolsonas. Estava com um caderninho , desenhando um pouco e pensando na arte e na noite mais agradável que promove esses arroubos e esse frêmito de pixar.
O curioso é que como artista , ele ficava grudado nos rostos e detalhes das ruas . Paredes, buracos , pinturas , muros tortos - pequenos detalhes mesmo. Podia ficar parado admirando um portão que exibia uns bons rabiscos.
E ficava desenhando , mentalmente , as faces que via pelas ruas. Ele queria as marcas humanas e nenhum compromisso com pontes, viadutos e vias expressas. Ele queria o baião-de-dois metropolitano. Passou a fotografar com uma digitalzinha meia-boca alguns recantos do centrão de São Paulo. Ia ter imagens pro resto do ano.
São Paulo paria imagens feito maternidade.
Outra dose de cachacinha. Desenhou um moleque muito largado , de mochila , deslizando na rua de baixo num skate. As notícias trafegam nas mochilas. Todo mundo sabe de tudo por aqui. Mesmo que não saiba.
Então começou a rabiscar uns bichos diferentes prá desenhar nas paredes e botar o seu
xxy prá impor respeito.
Se você ficar só olhando a engenharia da cidade grande vai perder os olhares
e talvez o gozo, pensou.

Vai lá em cima do prédio super alto e arrisca tudo !
As torres e antenas da Paulista piscando naquele gris iluminado habitual.
O visual é de filme estrangeiro.
E vão boiar aí um mar e bichos nadadores.
Vamos pintar um polvo com tentáculos gigantescos,
um cavalo-marinho azul e uma arraia de nadadeiras enormes cor de laranja.
Bichos curiosos que vem de outro domínio.

Tem que pedir licença para subir no ar e pintar.
Tem que pedir licença para os bichos e o oceano.

Tô na fissura de spray. Tô muito.

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| Por Prensada | terça-feira, 7 de outubro de 2008 | 19:41.




Sabe de uma coisa ?
que se lasque a economia !!
Fiquei animada para rever minha série favorita.
Eu amo Tony Soprano.
Começou o repeteco da primeira temporada na Warner , agora há pouco, numa transmissão vagabunda : pedaços escuros, sem legendas e com cortes misteriosos. Uma bosta.
Acho que estão todos bêbados na Warner.
Será que dá prá arrumar essa bagunça e passar Os Sopranos sem interrupções ?

Merde !



* O ator James Gandolfini

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| Por Prensada | segunda-feira, 6 de outubro de 2008 | 22:12.


Bloomberg no ar

O Papa Bento 16 , sobre o crash da economia: " O dinheiro é fútil".




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| Por Prensada | | 20:33.


Estamos aqui com o tal circuit break ativado...rs*
esperando o apocalipse dos economistas.

Café fresco, notícias e leituras variadas de blogs,
que são meus favoritos ;
Como é bom ser jovenzinha e tão filósofa.
o blog da garota-Nietzsche.



* Ilustração baseada na leitura do livro de Kafka,
Metamorfose.

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| Por Prensada | | 16:04.


Confesso que senti falta. Confesso que ela fez falta nessa noite.
Não teve estrêlas : vento de arrastar folhas e lixo da rua.
Sinal de chuva forte.
Aí , eu assusto com os trovões e o temporal.
Lembrei das tempestadas na praia.
O clarão brilhou dentro do quarto e senti calor.
Quero a tua mão. Tua mão no meu corpo.

Ela me perturba, eu confesso. Perturba à noite quando penso
na impossibilidade de navegar por lá.

( estrelinha do mar ou estrêla do céu... pode dar um texto isso ...)

Não tem estrêlas hoje. Mas há relâmpagos, clarões,
chuva intensa e amor.



* SP, relâmpago na Vila Mariana

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| Por Prensada | domingo, 5 de outubro de 2008 | 21:52.



O porco Gabriel relaxou no dia da eleições no Brasil . Comeu
espagueti com bastante salsinha e montes de linguiças fritas com cebola.
Bebeu doze latinhas de cerveja , duas pinguinhas mineiras e viu um pouco de tv.
Fumou dois cigarrinhos, básicos.
Aguarda os resultados do pleito escarrapachado no sofazão.
Ele votou naquele filhodaputa.

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| Por Prensada | | 19:24.


Podia ser pior.
Já imaginou você estar se preparando prá votar no Haiti ?




* Partidários do tiranete local, René Preval.

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| Por Prensada | | 10:35.


Um blog que não pode ser preso: véspera de eleições no Brasil.

O Poder só nos absolve na hora de votar nesses vagabundos. Eles só nos libertam pro voto.
Após o ato, eles nos encarceram de mais deveres e impostos, taxas e multas cada vez mais absurdas. E ainda lançam , por medida provisória , leis estaparfúrdias.
E prá encerrar o pacote, nos enfiam goela à baixo, corrupção, cinismo e demagogia ridícula.
Você vota em mim e eu não te dou nada, seu trouxa !
Essa cambada está cada vez mais ousada e cara-de-pau.




Política é a arte de enganar o demo.






* Foto: queria saber o autor dessa foto sensacional :
O nosso líder antes da Presidência,
em alguma churrascada
do sindicato.

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| Por Prensada | sábado, 4 de outubro de 2008 | 10:30.

Ninja Tuna, Donkey Ride

* muito bom !


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| Por Prensada | sexta-feira, 3 de outubro de 2008 | 13:25.